Em entrevista exclusiva ao programa CB Poder, o Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (FECOMÉRCIO-DF), José Aparecido Freire, expressou sua preocupação com a taxação de compras internacionais de até 50 dólares. Segundo o presidente, essa prática representa uma competição desleal para os comerciantes locais.

Durante a entrevista, Freire ressaltou o impacto negativo que a isenção de impostos sobre compras internacionais de baixo valor tem causado ao comércio varejista no Brasil. Ele argumentou que essa política de isenção acaba favorecendo as compras realizadas no exterior em detrimento dos negócios locais.

O presidente da FECOMÉRCIO-DF destacou que os comerciantes brasileiros enfrentam uma série de desafios, como a alta carga tributária, a burocracia e a concorrência desleal. Segundo ele, a taxação de compras internacionais é mais um obstáculo que afeta diretamente a competitividade e a sobrevivência dos estabelecimentos comerciais do país.

"A concorrência desleal trazida pela isenção de impostos em compras internacionais de até 50 dólares é extremamente prejudicial para o comércio local. Enquanto os empresários brasileiros precisam arcar com uma série de custos e impostos, os consumidores têm a oportunidade de adquirir produtos importados sem pagar tributos. Isso cria uma disparidade significativa e coloca em risco a sustentabilidade do comércio nacional", enfatizou Freire.

O presidente da FECOMÉRCIO-DF também ressaltou a importância de se buscar alternativas para equilibrar a concorrência no setor. Ele destacou a necessidade de uma revisão nas políticas de isenção de impostos sobre compras internacionais e de medidas que fortaleçam o comércio local.

A entrevista de José Aparecido Freire traz à tona o debate sobre as consequências da taxação de compras internacionais de até 50 dólares no comércio brasileiro. Hoje, a Câmara dos Deputados aprovou uma taxação de 20% sobre o valor de compras internacionais abaixo de US$ 50 (cerca de R$ 250). Essa medida visa tributar as chamadas "comprinhas" realizadas em sites como Aliexpress, Shein e Shopee, após discussões sobre uma suposta concorrência desleal com o setor nacional.

O texto segue agora para análise do Senado. Essa taxação foi incluída em um projeto maior que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação, com incentivos fiscais para a indústria automotiva produzir veículos menos poluentes e investir em tecnologias limpas.

Assista a entrevista completa: