Banco Central do Brasil confirma direção e diversas empresas já trabalham para emplacar seus SuperApps
Baixar apps, que ocupam espaço no smartphone e tempo na agenda, estão com os dias contatos, pelo menos é o que prometem os superapps, uma tendência no mundo da tecnologia que irá facilitar a vida dos usuários, uma vez que oferece diversos serviços em um único aplicativo. No Brasil, ainda não temos nenhum exemplo de um superapp como os encontrados no exterior, mas vemos diversas iniciativas nesta direção.
Uma pesquisa da consultoria Gartner afirma que até 2027, mais de 50% da população global se tornará usuária desse tipo de aplicação. O analista de sistemas e sócio proprietário da Bindflow, Carlos Reikdal, explica que o superapp funciona como um shopping center.
“É um shopping center, quem administra o shopping não é dono das lojas necessariamente, quem faz a venda são outras empresas que estão lá dentro, ou seja, o superapp não é necessariamente quem realiza/entrega o serviço, o que fazem é a intermediação com o usuário se desvinculando da realização do serviço como acontece com os marketplaces varejistas. ”, diz Reikdal.
De acordo com o sócio proprietário, os superapps são uma tendência natural, visto que, hoje em dia, as empresas disputam uma com as outras, para não serem desinstaladas pelos usuários. “Na China, por exemplo, o Alipay, criado pela rede varejista de compras on-line Aliexpress, dominou os pagamentos eletrônicos no país fornecendo vários serviços em conjunto. Quem se posicionar primeiro e melhor, terá as melhores chances nessa disputa dos superapps no Brasil”, afirma.
O COO da Bindflow, Jeferson Passos, conta que empresas ligadas ao varejo e comércio online estão procurando a empresa para viabilizar a oferta de produtos financeiros dentro da plataforma já utilizada por eles, um passo à frente para chegar ao superapp e aumentar os lucros.
Por outro lado, ao utilizar superapps, o usuário acaba entregando uma massa de dados muito grande e perde sua privacidade. “A mesma empresa terá todas as suas informações: o que você está comprando, se você abastece o carro com diesel ou gasolina, o que você gosta de comer, por exemplo. E com base nessas informações será possível fazer ofertas de marketing mais direcionadas”, explica Carlos.
Também fica mais fácil a criação de oligopólio, existência de poucas empresas que dominam determinado setor do mercado e controlam os seus preços e condições, se não houver nenhum tipo de regulamentação em cima dos superapps. Além de que, com essa massa de dados do aplicativo, poderá ser criada uma inteligência artificial muito mais personalizada e assertiva.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a instituição está se empenhando para criar um ambiente, onde mediante superapps, será possível o compartilhamento de informações financeiras e deverá extinguir a necessidade de possuir aplicativos de diferentes bancos, o OpenFinance. Notícia que preocupou muitos, uma vez que, com isso, o Governo poderá ter acesso a todas as informações bancárias da população. Reikdal explica que sim, isso irá acontecer, pois ao ter uma base de dados padronizada, é mais fácil fazer uma análise, isso para o bem ou para o mal.
“Toda facilidade vem com um custo. Se a gente tiver uma massa centralizada e um Governo ruim tomar conta e resolver fazer o uso dela para controle da população, vai ser possível, sim, porque ele tem toda a informação sua. Hoje o governo já tem muito dessa informação, mas a gente está indo para um nível de digitalização que a entrega será total”, afirma Reikdal.
Jeferson explica que esse contexto de OpenFinance já possibilitou a queda do domínio das Big Five, maiores bancos, sobre as finanças dos usuários e a maior concorrência dos bancos digitais, um resultado positivo para os empreendedores.
“A centralidade dessas informações no Governo em algum momento pode cair em mãos erradas, mas o resultado hoje obtido é muito positivo para o brasileiro. Quando antes existia o domínio das Big Five, a tecnologia tirou essas barreiras de entradas e começou a fazer com que outros bancos menores pudessem entrar. Com o Pix, outras barreiras foram quebradas e a usuário pode transferir seu dinheiro para uma conta digital, que oferece mais vantagens. Esse ponto foi muito importante e consegue ajudar que a concorrência fique muito mais forte”, afirma.
De qualquer forma, os superapps podem proporcionar uma experiência mais envolvente e poderosa aos usuários, por isso, têm tudo para estar presente no dia a dia em um futuro próximo. Agora, as empresas precisam entender qual produto funciona melhor para seu cliente e como colocar isso em prática.
Sobre a BindFlow – Criada em 2021, a BindFlow oferece cinco frentes de soluções tecnológicas: RCO, bindhealth, tracking, desenvolvimento de software e transformation. No portfólio, a empresa com sede em Curitiba, desenvolveu soluções para a Loreal Paris, a Ecco Salva, a Rumo, a rede de supermercados Condor e a Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Copasul). Em seu segundo ano de vida, a BindFlow registrou crescimento superior a 400%. O propósito da empresa é oferecer produtos diferenciados a partir de amplo conhecimento técnico e criatividade, tendo em foco também o desenvolvimento pessoal. Mais informações pelo telefone (41) 99933-4587, pelo e-mail contato@bindflow.com.br e pelo site: https://bindflow.com.br/
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