O aparelho de telemetria mede a pressão da água distribuída, monitorando o comportamento da rede de distribuição da Caesb | Foto: Cristiano Carvalho/Caesb |
Sistema que monitora pressão na rede de distribuição da Caesb ajuda a identificar e a consertar problemas como vazamento
Por Agência Brasília* I Edição: Saulo Moreno
Até julho, a pressão da água nas principais redes de distribuição da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) estará 100% monitorada por telemetria. Este sistema permite identificar, em tempo real, problemas no abastecimento provocados por vazamento, obstrução ou danos na estrutura das redes. Assim, a empresa pode agir com mais rapidez para corrigir o problema e manter a normalidade do abastecimento.
“Descobrir um problema de forma rápida significa diminuir interrupções no fornecimento de água, garantindo a continuidade do abastecimento para a população”, explicou o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis, acrescentando que a telemetria também auxilia na eficácia operacional das redes, permitindo melhores ajustes das válvulas redutoras de pressão (VRPs).
A telemetria consiste na instalação de um dispositivo eletrônico sem fio nas válvulas de controle das redes de água. Esse aparelho mede a pressão da água distribuída, monitorando o comportamento da rede. Se a vazão da água sobe e a pressão cai, é indício de vazamento. Se a pressão está baixa na rede, é sinal de que a falta d’água pode estar em curso.
A Caesb começou a implantar o sistema de telemetria em novembro de 2023, com investimentos de R$ 5,2 milhões. Até maio, foram instalados 378 dos 754 pontos de medição previstos no contrato gerido pela Superintendência de Manutenção Industrial da Caesb, ou seja, 50% do total programado. Até julho, a companhia garante que os outros 50% serão concluídos.
A companhia monitora os dados registrados pelo sistema de telemetria por meio de centros de controle das superintendências de operação e manutenção de redes Centro-Norte e Oeste-Sul.
Combate ao vazamento
A Caesb dispõe de outros meios para evitar vazamentos e a consequente perda dessa água. Um deles é o uso de válvulas redutoras de pressão (VRPs) ao longo das redes da companhia. Essas peças ajustam a pressão empregada na rede de acordo com o consumo na região. Assim, evitam que a força da água rompa instalações hidráulicas de prédios residenciais e comerciais localizados em terrenos cujas características contribuem para aumentar a pressão. É o caso de edificações localizadas em ruas com inclinação acentuada, bem mais abaixo do nível do solo.
Outro recurso para combater vazamentos e aumentar o controle da pressão nas redes é o sistema de monitoração automática noturna. Isso é feito com o dispositivo Day Nigth, instalado nas válvulas redutoras de pressão. Elas garantem a estabilidade da força da água entre o dia (maior consumo) e a noite (menor consumo), evitando rompimento das tubulações de imóveis residências e comerciais.
O equipamento funciona 24 horas sem parar. Durante a madrugada, o dispositivo reduz gradualmente a força da água até chegar num patamar mínimo para atender à demanda. Quando amanhece e o consumo começa a aumentar, o dispositivo, automática e gradualmente, eleva a pressão, assegurando a estabilidade de acordo com a demanda. Graças a investimentos nesse e em outros sistemas de controle, a Caesb tem conseguido oferecer água de qualidade com segurança.
*Com informações da Caesb
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