Estados Unidos deixam de exigir Certificação Sanitária Internacional para pescados brasileiros
Tilápia é uma das espécies mais procuradas pelos consumidores - Foto: Divulgação/AEN/Gov. PR


Brasil é o segundo maior exportador de pescados para os EUA; com redução da burocracia, iniciativa fortalece o comércio internacional de pescados

Por Agência Gov | via Secom

Os Estados Unidos não exigirão mais a Certificação Sanitária Internacional (CSI) para a importação de pescados brasileiros. A medida significa mais facilidade e agilidade para o processo de exportação do Brasil e promoção de maior competitividade no mercado norte-americano.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio das Secretarias de Defesa Agropecuária (SDA) e de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), juntamente com a PeixeBr e representantes do setor. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressalta que o avanço é reflexo da confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil.

"Essa desburocratização do processo de exportação não significa a falta de controle. É o contrário, os empresários brasileiros vão seguir as regras da Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, o que vai simplificando, desburocratizando o processo e aumentando a competitividade do setor. É o governo do presidente Lula gerando mais empregos e oportunidades", disse.

EXPORTAÇÃO — O Brasil é o segundo maior exportador de pescados para os Estados Unidos, com o filé de tilápia como principal produto. Segundo o Informativo de Comércio Exterior da Piscicultura, da PeixeBr, as exportações da piscicultura brasileira aumentaram 72% no 2º trimestre de 2024.

O acumulado do semestre foi de US$ 23,7 milhões, representando 96% das exportações de todo o ano de 2023. A tilápia, principal produto, representou 92% do total exportado, com 87% das exportações brasileiras tendo como destino os Estados Unidos.

O secretário-adjunto de Defesa Agropecuária, Allan Alvarenga, destacou a agilidade nos processos de exportações. "Deixar de emitir o CSI aos Estados Unidos, não só agiliza o processo de exportação, mas também reduz a pressão no nosso trabalho, pois existem unidades que emitem até oito certificados por dia de apenas uma indústria, e se houver mais de uma, esse número dobra. Agilizar esse processo foi possível com grande empenho da SDA em parceria com a SCRI, seguindo as diretrizes do ministro Fávaro em simplificar os processos", explicou.